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“O Brasil hoje é o único país que tem condições de ampliar sua fronteira agrícola”


Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Tibério da Rocha, palestrou durante o 11° Agrimark, promovido pelo I-UMA (Instituto de Educação do Agronegócio), nesta última sexta-feira (29), em Porto Alegre.


A meta estipulada pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), que prevê a necessidade da produção de alimentos aumentar em 40% nos próximos dez anos, tem sido o foco do agronegócio brasileiro. A declaração é do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Tibério da Rocha, que palestrou durante o 11° Agrimark, nesta sexta-feira (29), no Salão Nobre da Federasul, em Porto Alegre. “Justamente por isso, tratar da segurança alimentar e qualificar a produção de grãos se faz fundamental para o País”, emendou o secretário, em sua palestra Perspectivas e Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável. O tema central do evento promovido pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA) foi Abastecimento Mundial de Alimentos e a Segurança Alimentar – Um Compromisso das Nações.


Rocha destacou que o governo federal está trabalhando na constituição de políticas públicas para o desenvolvimento regional, como o Programa do Leite destinado aos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que respondem, juntos por 77% da produção do setor. Ele ainda destacou que o Brasil hoje é o único país que tem condições de ampliar sua fronteira agrícola, com a exploração de mais de 80 milhões de hectares da Matopiba (formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).


“Corresponde à nossa expectativa que, em uma década, o Brasil seja o maior produtor de alimentos do mundo”, reforçou o presidente do I-UMA, José Américo da Silva. O dirigente chamou atenção para o fato de que cada vez mais as nações para as quais o País exporta grãos têm o compromisso com suas populações a questão da segurança alimentar. “Este aspecto será mais importante que as próprias barreiras tarifárias.”


Silva advertiu que, para se evitar uma “calamidade” no futuro, se faz necessário aproveitar melhor o período de intervalo entre as safras agrícolas para cuidar da preservação do solo, da água e das microbacias, não só como estratégia de gestão, mas também pela oportunidade de ganhos para o agronegócio. “Para se ter uma ideia, durante o interregno de produção no Rio Grande do Sul, não se consegue alcançar a marca de 2 milhões de graus, sendo que a capacidade do Estado é de 9 bilhões”, comparou.


A boa notícia é que desde o ano passado, o Brasil saiu da lista de países de prevalência acima de 5% de fome e também não integra o ranking daqueles que têm problemas com segurança alimentar, destacou o representante da FAO/ONU, Gustavo Kauark Chianca. “Porém ainda temos o desafio de aumentar a produção agrícola ambientalmente sustentável para alimentar o mundo”, ponderou o palestrante, que abordou as Ameças para a Segurança Alimentar no Desafio ao 2050. “É muito preocupante que o Brasil seja líder mundial no consumo de agrotóxicos”, apontou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MAPA, Paulo Guilherme Cabral, que se fez presente no evento. “Temos que dar um passo de qualidade, e não só de quantidade na produção, em função, inclusive das mudanças climáticas.”


Para seja possível alcançar este objetivo, os setores de Meio Ambiente e Agropecuário terão de “andar de mãos dadas”, defendeu a secretária estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS, Ana Pellini. “A produção só se manterá estável, se for sustentável”, reforçou a palestrante. Ela falou sobre a Liberação de Licenças Ambientais no Agronegócio e anunciou que em breve será assinado acordo entre governo e produtores com relação aos critérios que definem como deverá ser tratado e utilizado o Biomapampa.

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